O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, que foi destituído,
foi levado a um centro de detenção próximo a Seul após ser interrogado por
autoridades anticorrupção.

Ele foi detido nessa quarta-feira (15), em uma operação
significativa no complexo presidencial, apesar de afirmar que a agência
anticorrupção não tinha autoridade para investigar suas ações.

Yoon, o primeiro presidente em exercício a ser detido,
enfrenta a possibilidade de uma longa pena de prisão por acusações de rebelião.

Em uma mensagem de vídeo, Yoon criticou o colapso do estado
de direito no país. Ele justificou a imposição da lei marcial em dezembro como
uma medida legítima contra uma oposição que, segundo ele, estava paralisando o
governo.

A agência anticorrupção, em conjunto com a polícia e o
exército, investiga se a declaração de lei marcial de Yoon foi uma tentativa de
rebelião. Se Yoon for formalmente preso, sua detenção pode ser estendida por 20
dias antes de o caso ser transferido para os promotores.

Se condenado por rebelião, ele pode enfrentar prisão perpétua
ou até a pena de morte. O ministro da Defesa de Yoon, o chefe de polícia e
vários comandantes militares já foram presos por seus papéis na imposição da
lei marcial.

A detenção de Yoon foi criticada por seus apoiadores, que a
consideram ilegal, enquanto a oposição a vê como um passo para restaurar a
ordem constitucional.

A situação gerou protestos de ambos os lados, com a polícia
monitorando de perto. A declaração de lei marcial de Yoon e sua subsequente
destituição pelo parlamento levaram a um impasse político, com a decisão final
sobre seu impeachment agora nas mãos do Tribunal Constitucional.

Thiago Guerreiro – Conectv Atlanta