Três reféns femininas foram libertadas do cativeiro do Hamas
após 471 dias, em um evento que ocorreu no início da noite de domingo (19).

As primeiras imagens de Romi, Emily e Doron mostraram-nas
saindo de um veículo em Gaza, cercadas por militantes armados do Hamas e
multidões de palestinos, antes de entrarem em um veículo da Cruz Vermelha.

Logo depois, foram acompanhadas por forças israelenses até a
fronteira, onde cruzaram para Israel. O IDF informou que, à primeira vista, as
jovens parecem estar em boa forma, mas isso não considera possíveis questões
emocionais, psicológicas ou físicas mais profundas.

As famílias das reféns estavam esperando por elas e
assistiram à entrega para a Cruz Vermelha, transmitida ao vivo pela televisão
israelense.

O porta-voz do IDF, Daniel Hagari, anunciou a libertação das
três jovens. Elas foram levadas para um centro de recepção para exames médicos
iniciais e para se encontrarem com suas famílias, antes de serem encaminhadas a
hospitais israelenses para cuidados médicos e psicológicos completos.

A libertação das reféns faz parte de um acordo controverso
que envolve a troca de centenas de prisioneiros palestinos condenados por
assassinato.

Enquanto alguns israelenses pressionam o governo para
implementar o acordo na íntegra, outros acreditam que ele representa uma
vitória para o Hamas.

Em Gaza, palestinos comemoraram o acordo, que permitirá que
muitos retornem para o que restou de suas casas. A libertação de prisioneiros
palestinos, muitos dos quais retornaram ao terrorismo após acordos anteriores,
é uma das preocupações mais alarmantes para os israelenses.

A próxima troca de reféns está marcada para o dia 25 de
janeiro. No total, 33 reféns e quase 2.000 prisioneiros e detidos palestinos
devem ser libertados durante a primeira fase do cessar-fogo, que dura 42 dias.

Thiago Guerreiro – Conectv Atlanta